Ainda é comum encontrar episódios de intolerância velada, especialmente quando se trata das religiões de matriz africana. Cada vez mais presentes dentro dos ateliês de costura, seguidores desse segmento enfrentam a recusa de costureiras em confeccionar suas roupas litúrgicas. As vestimentas sagradas são tratadas com desdém ou rejeição. Essa recusa, muitas vezes justificada por “motivos pessoais” ou “crenças próprias”, esconde o preconceito e a desinformação. Não se trata apenas de negar um serviço, trata-se de negar a existência e a dignidade de uma cultura que construiu e constrói parte fundamental da identidade brasileira. O tecido rejeitado carrega história, ancestralidade e resistência. Cada ponto de costura que não é dado por intolerância é uma tentativa de silenciar vozes. .É urgente falar que se trata de racismo religioso.Costurar uma roupa de Matriz Africana é acima de tudo, costurar respeito. Que as agulhas deixem de furar a dignidade e comecem a bordar a tolerância.
Cidade: Porto Belo
Estado: Santa Catarina
Modalidade: Presencial
Tipo de Evento: Bate papo
Aberto ao público? Evento aberto ao público