Por: Madu Sanffer, estudante de jornalismo na Universidade Federal do Pampa e estagiária de comunicação do Fashion Revolution Brasil
Fim de férias, ativista! Agora é hora de voltar ao trabalho e continuar transformando a moda!
Este ano, queremos reforçar ações coletivas para provocar mudanças reais e sistêmicas, e, para conquistar esses resultados, precisamos de um reset na moda. E isso começa com pequenas ações que, quando unidas, tornam-se um movimento potente! Mas por onde começar?
Por trás de toda beleza e tendências que vemos nesse universo, existem questões emergentes que precisam de atencão. Por isso, da moda ativista, temos muitas ações para impulsionar a sustentabilidade do setor. Confira um pouco do nosso planejamento do ano!
Lutaremos por uma Moda pelo Clima
A crise climática está em curso e a moda, infelizmente, é uma das grandes protagonistas desse desastre. Mas também pode ser parte da solução! Este ano, vamos pressionar marcas e governos para que soluções políticas e, também, estaremos na COP30 para que ela não seja mais um palco de promessas vazias. Nossa demanda é clara: precisamos de mudanças reais e compromissos climáticos sólidos do setor, que assegurem os direitos humanos e da natureza, sem prejudicar as pessoas mais vulneráveis à emergência climática.
Madu Sanffer
“Nossa demanda é clara: precisamos de mudanças reais e compromissos climáticos sólidos do setor, que assegurem os direitos humanos e da natureza, sem prejudicar as pessoas mais vulneráveis à emergência climática”
Múltiplas vozes no centro do debate
Se não inclui todas as pessoas, não é revolução! Queremos uma moda que valorize e amplifique as vozes historicamente silenciadas, por isso, além de cobrar posicionamento e transparência das marcas, cobraremos também informações sobre igualdade de gênero e raça, combate ao trabalho escravo, condições de trabalhadores migrantes. Lutamos por uma moda ancestral e decolonial, onde todas as vozes sejam representadas. O nosso Comitê Racial continuará promovendo várias ações de letramento racial, como o DEP – Diversidade, Equidade e Pertencimento.
Transparência: a moda não está fazendo o suficiente!
Quantas peças de roupa foram feitas? Onde? Por quem? Com quais materiais? Para onde vão nossas roupas depois do uso? É nosso dever cobrar das marcas essas respostas! Queremos que as grandes empresas sejam transparentes quanto a todos os seus processos de produção, quem são os colaboradores, de que cor são e quais são os impactos socioambientais para produzir cada peça. Transparência é o primeiro passo para a revolução na moda! Nossas pesquisas nessa área continuarão a todo vapor.
Ações coletivas: juntes somos mais fortes
Ninguém faz revolução sozinho. Por isso, vamos mobilizar nossa rede nacional para mais ações diretas e eventos que fortaleçam nossa luta. Seja em ações presenciais ou online, queremos ocupar espaços e criar conversas que incomodem e para isso, fazemos ações durante o ano inteiro. Durante a nossa maior campanha, a #SemanaFashionRevolution 2025, vamos exigir responsabilidade e justiça social e climática na moda. Este ano, ela acontece de 22 a 27 de abril.
O que vem pela frente?
A Semana Fashion Revolution 2025, por meio do tema “Pense Global, Aja Local”, reforçará nosso trabalho coletivo para impulsionar mudanças sistêmicas no setor.
Além disso, você pode esperar outros projetos por aí, como o Índice de Transparência da Moda Brasil, o Seminário sobre Cânhamo Têxtil, a Escola de Moda Decolonial, o Fórum Fashion Revolution, o Setembro de Segunda Mão e muuuuitos outros projeto.
Acompanhe nossas redes pois, este ano, vamos ter muitas ações, pelo país e mundo inteiros!
Você vem com a gente?
Texto escrito por Madu Sanffer, estudante de jornalismo na Universidade Federal do Pampa e estagiária de comunicação do Fashion Revolution Brasil
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